Ontem, dia 12 de Outubro, Angola lançou o satélite Angosat-2, pelo foguete Proton-M, desde o Cosmodromo de Baiknorur, no Cazaquistão.
Conversamos com a professora da UNIC Núria de Sousa, especialista em Ciências da Computação e Tecnologias, que explicou sobre a importância e a missão dos satélites, que, colocados em órbita têm o objectivo de transportar repetidores de sinal de telecomunicação e ajudar na comunicação através do espaço.
Segundo a docente, grande parte do território nacional depende das comunicações via satélite, desde o simples acto de enviar uma mensagem por telefone, efectuar uma chamada, uso de um multicaixa, transmitir um jogo, entre outras operações, mais do que um avanço tecnológico ou conquista espacial os satélites nos permitem uma série de facilidades.
A professora descreveu as vantagens que o Angosat-2 traz para o país: “a alta largura de banda, a grande cobertura da área geográfica, por se tratar de um meio que dispensa a utilização de cabos e investimentos em infraestruturas, vai atender diversas localidades desde as mais habitadas às menos povoadas” recorda se tratar de uma comunicação sem limites de fronteiras territoriais, sem congestionamento de rede como ocorre em sistemas de conectividades tradicionais.
Núria de Sousa fez referência também à melhoria da capacidade na transmissão de informações; alertou, porém, sobre os riscos na segurança do espaço envolvendo ataques cibernéticos pela fragilidade dos satélites usarem softwares que podem ser reprogramados em órbita, o que exige maior rigor no controlo técnico de segurança de forma a evitar o haqueamento dos equipamentos.
O Angost-2 é um satélite de telecomunicações com alta taxa de transmissão de dados que assegura toda cobertura do continente africano e parte da Europa, pesa cerca de 2 toneladas, mede 52/54 metros de altura, o seu funcionamento está previsto para dentro de 60 a 90 dias.